ANIVERSÁRIO DE BRASÍLIA

Os benefícios do tai chi chuan para o corpo e a mente

Tai chi chuan transforma a qualidade de vida em Brasília, promovendo saúde, longevidade e conexão

As aulas são ministradas diariamente entre a 104 e 105 Norte, mais conhecida como Praça da Harmonia  -  (crédito: Carlos Vieira/CB/D.A Press)
As aulas são ministradas diariamente entre a 104 e 105 Norte, mais conhecida como Praça da Harmonia - (crédito: Carlos Vieira/CB/D.A Press)

O tai chi chuan também é uma das práticas que caíram no gosto do brasiliense. A prática é uma arte marcial milenar que combina movimento, respiração e concentração em um exercício corporal de natureza meditativa. Apesar de sua origem como técnica de defesa, ao longo do tempo foi se consolidando como uma atividade voltada ao equilíbrio entre corpo e mente, incorporando elementos da medicina tradicional chinesa.

Graças ao grão-mestre Moo Shong Woo, natural de Taiwan, essa prática chegou à capital em 1968 entre as quadras 104/105 Norte. A leveza e a harmonia dos exercícios chamaram a atenção dos moradores da região, que logo se interessaram por aquele gestual leve e sutil. Assim, o mestre ou a oferecer aulas gratuitas diariamente no local — uma tradição que permanece viva até hoje. Atualmente com 94 anos, Moo Shong Woo não ministra mais as aulas, que hoje são conduzidas por professores voluntários.

Entre os inúmeros benefícios, o tai chi melhora o equilíbrio, a coordenação motora, fortalece os músculos e as articulações, estimula a circulação sanguínea e contribui para o bom funcionamento do sistema cardiovascular. O exercício ou a ser considerado um caminho para a longevidade. Um exemplo dessa teoria é Igara Revoredo, que no último dia 9 completou 94 anos. Nascida em Natal, a aposentada veio para Brasília em 1971, após se divorciar, para exercer sua profissão de assistente social em uma empresa que construía casas populares.

Igara ou a frequentar as aulas de tai chi chuan em 1975, graças a uma amiga que a convidou. "Ela vinha de Anápolis, se hospedava na minha casa, e um dia me chamou: 'Você não quer ir comigo?' Fui — e nunca mais deixei de ir. Desde então, venho todos os dias, sem falhar", afirma. "Acordo cedo, faço yoga em casa, tomo meu café e sigo para a prática. Aqui, encontrei não só saúde, mas também convivência, alegria e sentido", completa.

O tai chi chuan também auxilia o aposentado Víctor Jiménez, de 72 anos, diagnosticado em 2013 com Parkinson. Em busca de qualidade de vida e controle dos sintomas da doença, ele conheceu o exercício por meio de um projeto da UnB, voltado para pessoas com a condição.

Desde 2016, Víctor participa ativamente de grupos de tai chi em Brasília e criou o grupo Viver Ativo com Parkinson, baseado na ideia de que é fundamental manter-se em movimento, mesmo com a doença. Ele grava e compartilha vídeos das aulas e eventos no YouTube, para que outras pessoas possam acompanhar de casa. "Acredito que a prática é um meio de cuidar do corpo, da mente e do espírito, favorecendo a longevidade e reduzindo o isolamento social", destaca.

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postado em 21/04/2025 04:47
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