Trama golpista

Antes de julgamento, Bolsonaro interage com imprensa e réus; veja detalhes

Além de Moraes, acompanham o interrogatório o procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet, e o ministro Luiz Fux. Após Cid, os demais réus serão chamados por ordem alfabética. A sessão desta segunda-feira (9/6) está marcada até às 20h e pode continuar até sexta-feira (13/6)

Bolsonaro, acompanhado de seus advogados, participa do interrogatório da trama golpista no STF -  (crédito: Ed Alves CB)
Bolsonaro, acompanhado de seus advogados, participa do interrogatório da trama golpista no STF - (crédito: Ed Alves CB)

Foram iniciados os interrogatórios dos réus do núcleo 1 por tentativa de golpe de Estado nesta segunda-feira (9/6). Antes do início da sessão de hoje, que escutará inicialmente o réu colaborador Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), todos os acusados encontravam-se na sala acompanhados dos advogados.

De um lado a outro da sala, o ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, no canto esquerdo, e o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e réu colaborador, Mauro Cid, no canto direito, evitaram interações com os demais. Nogueira sequer levantou da cadeira, e ficou ao lado de seu advogado. Cid foi cumprimentado apenas pelo advogado Demóstenes Torres, defesa do réu e ex-comandante da Marinha, Almir Garnier Santos.

Bolsonaro, após um apelo da imprensa na sala da Primeira Turma, onde ocorre o julgamento, disse que caso o advogado concordar, ele fará declarações sobre o julgamento ao final do dia. Ele ficou em pé na sala até o sinal do início da sessão, que começou às 14h10, e conversou rapidamente em algumas ocasiões com o réu e ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, e com o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno.

Em alguns momentos, advogados e réus falaram com a mão escondendo a boca, com a intenção de evitar que alguém soubesse o que estava sendo dito. 

Anunciado o começo da sessão, Bolsonaro permaneceu encostado para trás na cadeira, de braços abertos e acompanhando atentamente a fala inicial do juiz instrutor e relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Quando o delator foi chamado, Bolsonaro apoiou o corpo e os braços sobre a mesa, colocou o seu óculos de grau, encostou na cadeira e cruzou os braços para ouvir seu ex-ajudante, mais uma vez, expôr a trama golpista.

Além de Moraes, acompanham o interrogatório o procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet, e o ministro Luix Fux. Após Cid, os demais réus serão chamados por ordem alfabética. A sessão de hoje está marcada até às 20h e pode continuar até esta sexta-feira (13/6).

postado em 09/06/2025 15:27
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