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Os métodos e os estilos de Trump surpreenderam a própria oposição interna nos Estados Unidos e, até agora, estão avançando com pouca resistência das instituições destinadas a conter e limitar os excessos dos poderes constitucionais. Há quem veja na ação do presidente americano traços de um comportamento próximo da loucura, recurso de que tem se valido muitos líderes por intermédio da história, sempre que pretendem intimidar ou assustar os rivais, de que foram exemplos o ex-presidente Nixon durante a guerra do Vietnã e o premiê Kruschev, quando da crise dos mísseis soviéticos instalados em Cuba.</p> <p class="texto"><strong><a href="https://whatsapp.com/channel/0029VaB1U9a002T64ex1Sy2w">Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular</a></strong></p> <p class="texto">Mas atrás das palavras e dos gestos impulsivos, às vezes, desmentidos e logo após reafirmados, numa dança de os desconcertantes, há muitas coisas que derivam de uma lógica bem construída. Enquanto o governo nos confunde com movimentos erráticos, temos o recurso de ar as ideias de alguns de seus intelectuais associados que trazem clareza ao debate. Dois artigos publicados nestes últimos dias jogam muita luz sobre o que está na mente do governo. Se colocados em prática, vão promover uma mudança radical na ordem econômica internacional e afetar muito a vida do Brasil, embora aparentemente o governo e o parlamento brasileiro não pareçam incomodados.</p> <p class="texto"> </p> <p class="texto">O primeiro artigo foi publicado no <em>New York Times</em> e é de autoria de Robert Lighthizer, representante do Comércio no primeiro governo Trump e autor de diversos livros sobre o tema. O autor afirma que os Estados Unidos são vítimas das regras do comércio internacional, que resultam em grandes superavits para países, como a China e a Alemanha e grandes deficits para os americanos. Os números parecem lhe dar razão: a China obteve em 2024 um superavit de um trilhão de dólares, enquanto os Estados Unidos incorreram em um deficit de US$ 918 bilhões. 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Eles propõem que a segurança econômica seja o princípio organizador da ordem econômica internacional e que o comércio seja regulado por acordos bilaterais ou regionais que promovam a segurança nacional dos países envolvidos e assegurem a coordenação entre eles para enfrentar seus rivais, especialmente a China.</p> <p class="texto"><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/politica/2025/02/7056554-zema-alfineta-lula-apos-orientacao-de-nao-comprar-produtos-caros-em-mercados.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/02/13/97ff6c91_70e3_43c5_8767_ed6ecd9f7fb6-35026417.jpg?20250209185630" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Política</strong> <span>Zema alfineta Lula após orientação de não comprar produtos caros em mercados</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/politica/2025/02/7056547-medo-da-soberania-do-povo-diz-gleisi-em-critica-a-pec-do-semipresidencialismo.html"> <amp-img src="https://www.flipar.com.br/wp-content/s/2022/05/GLEISI-HELENA-HOFFMANN-PT-Divulgacao-camara-org.jpg?20250106162522" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Política</strong> <span>'Medo da soberania do povo', diz Gleisi em crítica à PEC do semipresidencialismo</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/politica/2025/02/7056474-marcelo-rubens-paiva-critica-fala-de-hugo-motta-sobre-o-8-de-janeiro.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/02/02/marcelo_rubens_paiva_990x557-45728830.jpg?20250209171006" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Política</strong> <span>Marcelo Rubens Paiva critica fala de Hugo Motta sobre o 8 de janeiro</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/politica/2025/02/7056448-deputado-federal-nikolas-ferreira-divulga-que-sera-pai-pela-segunda-vez.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/02/09/cats-46196417.jpg?20250209160923" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Política</strong> <span>Deputado federal Nikolas Ferreira divulga que será pai pela segunda vez</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/politica/2025/02/7056401-bolsonaro-posta-video-com-referencia-ao-filme-os-vingadores.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/02/04/000_36386ex-45922611.jpg?20250205064907" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Política</strong> <span>Bolsonaro posta vídeo com referência ao filme Os Vingadores </span> </div> </a> </li> <li> <a href="/politica/2025/02/7056130-acordo-extrajudicial-acelera-reparacao-a-anistiados-politicos.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/03/30/ditadua_militar-35872226.jpg?20250209101729" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Política</strong> <span>Acordo extrajudicial acelera reparação a anistiados políticos </span> </div> </a> </li> </ul> </div></p> <p class="texto">Esse é um pequeno sumário das ideias em formação no entorno do governo Trump e que estão destinadas a encontrar reação e resistência da maior parte dos países. 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Roberto Brant sobre o governo Trump 6h5t36 Há alguma lógica nessa loucura
ANÁLISE

Roberto Brant sobre o governo Trump: Há alguma lógica nessa loucura 6n3h1j

Os métodos e os estilos de Trump surpreenderam a própria oposição interna nos Estados Unidos e, até agora, estão avançando com pouca resistência das instituições destinadas a conter e limitar os excessos dos poderes constitucionais 336l2a

O novo governo americano está empreendendo uma acelerada dissolução da ordem política e econômica internacional sob a qual estivemos vivendo desde o fim da Segunda Guerra e que nos parecia até agora como uma ordem natural. Os métodos e os estilos de Trump surpreenderam a própria oposição interna nos Estados Unidos e, até agora, estão avançando com pouca resistência das instituições destinadas a conter e limitar os excessos dos poderes constitucionais. Há quem veja na ação do presidente americano traços de um comportamento próximo da loucura, recurso de que tem se valido muitos líderes por intermédio da história, sempre que pretendem intimidar ou assustar os rivais, de que foram exemplos o ex-presidente Nixon durante a guerra do Vietnã e o premiê Kruschev, quando da crise dos mísseis soviéticos instalados em Cuba.

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Mas atrás das palavras e dos gestos impulsivos, às vezes, desmentidos e logo após reafirmados, numa dança de os desconcertantes, há muitas coisas que derivam de uma lógica bem construída. Enquanto o governo nos confunde com movimentos erráticos, temos o recurso de ar as ideias de alguns de seus intelectuais associados que trazem clareza ao debate. Dois artigos publicados nestes últimos dias jogam muita luz sobre o que está na mente do governo. Se colocados em prática, vão promover uma mudança radical na ordem econômica internacional e afetar muito a vida do Brasil, embora aparentemente o governo e o parlamento brasileiro não pareçam incomodados.

 

O primeiro artigo foi publicado no New York Times e é de autoria de Robert Lighthizer, representante do Comércio no primeiro governo Trump e autor de diversos livros sobre o tema. O autor afirma que os Estados Unidos são vítimas das regras do comércio internacional, que resultam em grandes superavits para países, como a China e a Alemanha e grandes deficits para os americanos. Os números parecem lhe dar razão: a China obteve em 2024 um superavit de um trilhão de dólares, enquanto os Estados Unidos incorreram em um deficit de US$ 918 bilhões. A razão é apenas aparente, pois o que isso significa é simplesmente que os americanos consomem muito mais do que produzem, ao contrário da China e da Alemanha.

A solução que ele sugere, e que parece estar implícita nos movimentos do governo, é a criação de um novo regime de comércio no qual coexistem duas camadas de países. Os países amigos e parceiros dos Estados Unidos (ou será os que se conformam com o princípio da América em primeiro lugar?) formariam um grupo que praticaria entre si tarifas comerciais baixas, com o compromisso de manter no médio prazo o equilíbrio dos respectivos balanços de pagamento. Os demais formariam um segundo grupo, sobre o qual o primeiro grupo aplicaria altas tarifas e outras ferramentas para impedir a formação de superavits sistemáticos. Será o fim do livre-comércio, que para ele não existe de fato, e da globalização como a conhecemos. Em que grupo estaria o Brasil nesta nova ordem? 

O outro artigo, na Foreign Affairs, vai até mais longe em priorizar a primazia americana. Seus autores são Geoffrey Getz e Emily Kilcrease, ambos com agem no Departamento de Estado e no Conselho de Segurança Nacional. Eles propõem que a segurança econômica seja o princípio organizador da ordem econômica internacional e que o comércio seja regulado por acordos bilaterais ou regionais que promovam a segurança nacional dos países envolvidos e assegurem a coordenação entre eles para enfrentar seus rivais, especialmente a China.

Esse é um pequeno sumário das ideias em formação no entorno do governo Trump e que estão destinadas a encontrar reação e resistência da maior parte dos países. São ideias disruptivas que não devem ser subestimadas, dado o tamanho e o poder dos Estados Unidos e a natureza da atual liderança do país. Já ou da hora de nos preocuparmos com tudo isso e, principalmente, nos prepararmos para as pressões que se abaterão sobre nós. Será que nesta hora teremos um país unido ou até mesmo nisso continuaremos divididos?

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