
Uma empresa italiana de design de assentos causou polêmica nas redes sociais ao ter imagens de um protótipo de “assento em pé”, ou na vertical, viralizadas. Apenas um conceito “provocativo” até o momento, a ideia da companhia é “desafiar limites do que as viagens aéreas poderiam um dia parecer”.
De nome ‘Skyrider 2.0’, a poltrona acolchoada, que lembra um assento de bicicleta ou de uma atração de parque de diversões, tem um design que permite ao ageiro se inclinar em um ângulo sem se sentar completamente. O conceito futurista foi lançado pela primeira vez em 2012 e agora, na versão mais recente, teve protótipo fabricado e testado por funcionários.
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“Sentei-me nele por apenas cinco minutos”, contou ao portal britânico Daily Mail o porta-voz da empresa Aviointeriors, responsável pela invenção. “Eu monto a cavalo, então, para mim, foi confortável. Quem sabe se você se sentar nele por duas ou três horas como seria a sensação">
Antes planejados para serem fixados em trilhos, os assentos evoluíram para conter montagens mais fortes, com postes conectando as respectivas fileiras do chão ao teto. Além disso, o design foi reformulado para comportar mais acolchoamento.
Em comunicado de 2018, a Aviointeriors informou que o conceito abriria “a experiência de viagem para um mercado de ageiros mais amplo” e permitiria “aumento nos lucros das companhias aéreas”. Devido ao número reduzido de componentes, também teria “custos mínimos de manutenção”.
Caso se tornasse realidade, o projeto seria responsável pelo aumento da capacidade de ageiros em aviões em cerca de 20%. Em 2012, o CEO da empresa chegou a sugerir que agens para “assentos em pé” poderiam custar entre 1 e 5 euros (R$ 6,50 a R$ 32, aproximadamente).
Devido a críticas recebidas após a imagem do protótipo viralizar nas redes sociais, a companhia enfatizou, em publicação no Instagram, que, até o momento, o Skyrider 2.0 é apenas um conceito.
“O Skyrider, frequentemente confundido com um assento de avião finalizado pronto para decolar, é na verdade um protótipo conceitual que remonta a 2012”, esclareceu. “Projetado como uma resposta ousada a um dos desafios mais urgentes da indústria da aviação, ao mesmo tempo em que maximizava o espaço e a ergonomia, nunca foi pensado para ser levado ao pé da letra. Em vez disso, foi um exercício provocativo de inovação em design, desafiando os limites do que as viagens aéreas poderiam um dia parecer.”
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A Aviointeriors, que produz assentos de classe executiva de luxo para jatos particulares e companhias aéreas do mundo inteiro, afirma estar “bem ciente das demandas do mercado atual” e garante que, até o momento, o Skyrider não faz parte da linha oficial da empresa. “Mas quem sabe o que o futuro da aviação pode reservar">
Nas redes sociais, os críticos taxam a ideia de “patética” e a comparam com “assentos de navio negreiro”. “Tratem humanos como humanos”, pede um internauta.
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