VATICANO

Saiba quem é o cardeal mais jovem do conclave

Ucraniano de 45 anos está entre os cardeais isolados na Capela Sistina para a escolha do novo papa

Bychok, embora tenha nascido e se ordenado na Ucrânia, representa a Austrália no conclave -  (crédito: Tiziana FABI / AFP)
Bychok, embora tenha nascido e se ordenado na Ucrânia, representa a Austrália no conclave - (crédito: Tiziana FABI / AFP)

Representante dos católicos ucranianos, é de Mykola Bychok, de apenas 45 anos, o título de cardeal mais novo do conclave. O bispo da Eparquia dos Santos Pedro e Paulo em Melbourne para os católicos ucranianos na Austrália, Nova Zelândia e Oceania foi um dos 21 cardeais nomeados pelo papa Francisco em 2024 e já tem a responsabilidade de participar da eleição do novo pontífice

Em entrevista ao Vatican News, o ucraniano conta que pensou que a nomeação fosse alguma piada. “Recebi a notícia enquanto visitava nossa paróquia em Brisbane. Isso aconteceu durante o jantar, quando meu telefone estava desligado”, relatou. “Quando o liguei novamente, recebi uma avalanche de mensagens”.

Bychok, embora tenha nascido e se ordenado na Ucrânia, representa a Austrália no conclave. O bispo comanda uma eparquia, divisão da igreja no oriente que equivale a uma diocese nos termos ocidentais, desde 2020. 

Durante os discursos, o papa Francisco citava frequentemente a guerra na Ucrânia. Para o jovem cardeal, uma das missões dele na Austrália é levar esperança e informar os ucranianos sobre o que acontece no país natal. “A Igreja deve ser proativa em ser uma mediadora para uma paz justa, não apenas na Ucrânia, mas também no Oriente Médio e em outras partes do mundo que estão ando por guerras e conflitos”, destacou. 

Durante o juramento que precedeu o isolamento na Capela Sistina, o cardeal chamou a atenção pela vestimenta preta que usou na cabeça. O item, uma espécie de tecido longo que cai sobre os ombros, é chamado de cucúlio, objeto tradicional usado por monges e outros religiosos no cristianismo oriental. 

 

Além do trabalho na Oceania, o cardeal também foi sacerdote nos Estados Unidos e destaca que é essencial combater a secularização da igreja. “Somos chamados a ser missionários para ajudar as pessoas a redescobrir o amor de Deus e de Seu Filho Jesus Cristo”, destaca. 

133 cardeais participam da votação na Capela Sistina. Após três votações e duas aparições da fumaça preta na chaminé, os religiosos seguem em discussão para eleger o novo líder da igreja católica.

postado em 08/05/2025 12:23
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