
Voto de silêncio absoluto
A reunião da Congregação Geral, na manhã de ontem, demorou mais do que o previsto. Os cardeais se reuniram na Sala Paulo VI, na Cidade do Vaticano. Ao fim do encontro, às 12h45 no horário de Roma (7h45 em Brasília), os purpurados saíram em absoluto silêncio. Alguns atravessaram o batalhão de jornalistas posicionados a cerca de 100m do portão do estacionamento do prédio. O Correio tentou falar com três deles, mas deixaram o local praticamente sem dizerem uma palavra. Ao fim do encontro, para evitar os repórteres, alguns dos cardeais foram escoltados por guardas suíços por um outro caminho. Os cardeais brasileiros pactuaram um voto de silêncio. Falaram sobre o conclave somente até sábado, dia do funeral do papa Francisco.
A importância da congregação
Durante as reuniões da Congregação Geral, os cardeais têm uma importante oportunidade de se conhecerem e trocarem ideias, o que pode influenciá-los a ajudar no direcionamento do voto, durante o conclave. A Congregação Geral também costuma debater os desafios da Igreja Católica. Depois da morte do papa, ela se foca nos preparativos para o funeral. Resolvidas as questões mais práticas, traz à pauta o próprio conclave. Os encontros coincidem com o novemdiales, os nove dias de luto na Igreja Católica contados a partir do sepultameno do pontífice.