HUNGRIA

Milhares de húngaros protestam contra lei que proíbe Parada do Orgulho LGBTQIA+

A lei é a mais recente de uma série de medidas do governo do primeiro-ministro Viktor Orban que afetam os direitos do coletivo LGBTQIA+ da Hungria, segundo seus críticos

 Manifestantes participam de um comício na Ponte Erzsebet (Elisabet) em Budapeste em 1º de abril de 2025 contra os esforços do governo para restringir a liberdade de reunião e expandir seus poderes de vigilância. Os legisladores húngaros aprovaram uma legislação em 18 de março de 2025 com o objetivo de proibir a marcha anual do Orgulho e outras manifestações, permitindo o uso de ferramentas de reconhecimento facial para identificar participantes de manifestações proibidas -  (crédito:  AFP)
Manifestantes participam de um comício na Ponte Erzsebet (Elisabet) em Budapeste em 1º de abril de 2025 contra os esforços do governo para restringir a liberdade de reunião e expandir seus poderes de vigilância. Os legisladores húngaros aprovaram uma legislação em 18 de março de 2025 com o objetivo de proibir a marcha anual do Orgulho e outras manifestações, permitindo o uso de ferramentas de reconhecimento facial para identificar participantes de manifestações proibidas - (crédito: AFP)

Milhares de pessoas se manifestaram nesta terça-feira (1º) em Budapeste contra uma lei que busca proibir a parada anual do Orgulho.

A lei é a mais recente de uma série de medidas do governo do primeiro-ministro Viktor Orban que afetam os direitos do coletivo LGBTQIA+ da Hungria, segundo seus críticos.

O texto alega que a parada viola a lei de proteção da infância. Autoridades vão poder punir quem participar ou organizar o evento, e usar ferramentas de reconhecimento facial para identificar os infratores.

Mais de 10 mil pessoas participaram do protesto de hoje no centro de Budapeste, segundo um fotógrafo da AFP. Elas exibiam cartazes que diziam "Chega de mentiras" e "Abaixo Orban! Queremos democracia".

O deputado independente Akos Hadhazy, que convocou a manifestação, afirmou que os protestos "não vão parar até que a lei seja revogada", e chamou o texto de "tecnofascista".

Segundo Dorottya Redai, da organização Labrisz, que defende os direitos das lésbicas, a lei vai além de restringir "o direito fundamental de reunião pacífica". Para ela, o governo quer "apagar claramente as pessoas LGBTQ da vida pública".

Em meados de março, o Parlamento aprovou a lei de Budapeste contra o Orgulho, o que levou manifestantes a bloquear por mais de três horas uma ponte da capital.

Os organizadores afirmaram que pretendem realizar em 28 de junho a 30ª edição da parada do Orgulho em Budapeste. 

Por AFP
postado em 01/04/2025 23:59
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