
Por volta das 21h do dia 28 de dezembro de 2024 — segundo o horário de Brasília; 9h do dia 29, no horário local —, a explosão de um avião em um aeroporto da Coreia do Sul chocou o mundo, ao matar 179 pessoas que estavam a bordo da aeronave, um Boeing 737-8AS da companhia aérea Jeju Air. De 175 ageiros e seis tripulantes, somente dois comissários, um homem e uma mulher, sobreviveram ao acidente.
“Quando acordei, já tinham me resgatado”, relatou aos médicos um dos sobreviventes, um tripulante de 33 anos que teve múltiplas fraturas — de acordo com o que disse à agência de notícias sul-coreana Yonhap News, no dia 30 de dezembro, o diretor do hospital em que ele foi internado.
O sobrevivente disse que não conseguia se lembrar do que havia acontecido após o avião pousar e perguntou à equipe hospitalar o motivo de estar ali. Ele sofreu fraturas em cinco lugares do corpo — inclusive na coluna torácica, escápula e costelas — e, à época, estava sob cuidados especiais devido a possibilidade de efeitos posteriores, inclusive paralisia total.
“Atualmente estamos garantindo a proteção cervical, estabilizando pontos de fratura e limitando estritamente a amplitude de movimento dele para que mantenha repouso absoluto”, explicou o diretor à YN.
A outra comissária sobrevivente tinha 25 anos e sofreu laceração no couro cabeludo e fratura no tornozelo, embora sentisse dores também no abdômen, conforme noticiou a mídia local. A Yonhap News informou, também dois dias após o acidente, que ela relatou a oficiais de resgate ter visto a fumaça surgir de um dos motores do avião antes da explosão.
Os hospitais em que os tripulantes estavam internados haviam decidido não questioná-los sobre o assunto no momento, a fim de focar na recuperação física e mental deles. Os médicos também planejavam colaborar com psiquiatras para direcionar potenciais traumas psicológicos e prevenir distúrbios pós-traumáticos.
O acidente ocorreu logo depois que a aeronave da Jeju Air, que vinha da Tailândia, bateu em um muro ao pousar de forma emergencial em um aeroporto na cidade sul-coreana de Muan. No momento da tragédia, os dois sobreviventes estavam sentados na parte traseira do avião, próximos a uma saída de emergência que foi separada do restante do veículo durante a colisão.