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Até este domingo: 'Vesti minha melhor roupa'</a></li> <li><a href="https://correiobraziliense-br.noticiaspernambucancorreiobraziliense-br.noticiaspernambucanas.com/portuguese/articles/c2lnggpyx0do?xtor=AL-73-%5Bpartner%5D-%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D-%5Blink%5D-%5Bbrazil%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D">O sucesso eleitoral de Carlos e Renan Bolsonaro, vereadores mais votados em suas cidades </a></li> <li><a href="https://correiobraziliense-br.noticiaspernambucancorreiobraziliense-br.noticiaspernambucanas.com/portuguese/articles/c4glvjkd098o?xtor=AL-73-%5Bpartner%5D-%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D-%5Blink%5D-%5Bbrazil%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D">O segredo de João Campos, o jovem prefeito 'tiktoker' reeleito com quase 80% dos votos no Recife</a></li> </ul> <p class="texto"><img src="https://a1.api.bbc.co.uk/hit.xiti/?s=598346&p=portuguese.articles.c70w9690re5o.page&x1=%5Burn%3Abbc%3Aoptimo%3Aasset%3Ac70w9690re5o%5D&x4=%5Bpt-br%5D&x5=%5Bhttps%3A%2F%2Fcorreiobraziliense-br.noticiaspernambucancorreiobraziliense-br.noticiaspernambucanas.com%2Fportuguese%2Farticles%2Fc70w9690re5o%5D&x7=%5Barticle%5D&x8=%5Bsynd_nojs_ISAPI%5D&x9=%5BEntre+Lula+e+Bolsonaro%2C+como+PSD+de+Kassab+desbancou+MDB+e+se+tornou+maior+partido+com+prefeituras+no+pa%C3%ADs%5D&x11=%5B2024-10-07T02%3A54%3A00.95Z%5D&x12=%5B2024-10-07T02%3A54%3A00.95Z%5D&x19=%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D" /></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/10/06/1200x801/1_21e081b0_8456_11ef_8843_e95c52871f5c-40491736.jpg?20241006235625?20241006235625", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/10/06/1000x1000/1_21e081b0_8456_11ef_8843_e95c52871f5c-40491736.jpg?20241006235625?20241006235625", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/10/06/800x600/1_21e081b0_8456_11ef_8843_e95c52871f5c-40491736.jpg?20241006235625?20241006235625" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "Mariana Schreiber - Da BBC News Brasil em Brasília", "url": "/autor?termo=mariana-schreiber---da-bbc-news-brasil-em-brasilia" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correio.braziliense" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "/euestudante/concursos/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } 1g2v3d

Entre Lula e Bolsonaro 6f1w1f como PSD de Kassab desbancou MDB e se tornou maior partido com prefeituras no país
MUDANÇAS

Entre Lula e Bolsonaro, como PSD de Kassab desbancou MDB e se tornou maior partido com prefeituras no país 3n1by

Pela primeira vez desde a redemocratização, o MDB não lidera eleição municipal 4b6b5a

Sob a liderança de Gilberto Kassab, o Partido Social Democrático (PSD) desbancou o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e conquistou o maior número de prefeituras do país: ao menos 888 dos 5.569 municípios brasileiros, quando já havia sido totalizado os votos de quase todo o país, na noite de domingo (6/10).

É a primeira vez desde 1988, após a redemocratização, que o partido de Ulysses Guimarães não conquista a maior quantidade de prefeituras.

O MDB, por sua vez, elegeu ao menos 861 prefeitos, ainda assim um aumento em relação a 2020 (793).

Os números foram contabilizados pelo portal Nexo, a partir dos dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Cinquenta e uma cidades ainda terão segundo turno no país, incluindo São Paulo, em que o MDB tentará a reeleição com Ricardo Nunes, contra Guilherme Boulos, do PSOL.

O desempenho do atual prefeito, porém, também tem o dedo de Kassab, que hoje é aliado político principal do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que foi o maior cabo eleitoral de Nunes na campanha deste ano.

Nunes, inclusive, agradeceu Kassab em seu discurso após a confirmação de sua ida ao segundo turno, em uma disputa acirrada com Pablo Marçal (PRTB) pelo eleitor conservador da cidade.

Considerando os eleitos em primeiro turno, o ranking dos dez maiores partidos do país em número de prefeituras estava assim na noite de domingo:

  1. PSD, com 888 prefeituras, alta ante 2020 (657);
  2. MDB com 861 prefeituras, alta ante 2020 (793);
  3. PP com 752 prefeituras, alta ante 2020 (690);
  4. União Brasil com 589 prefeituras (partido foi criado da fusão de PSL e DEM, que elegeram juntos 568 prefeituras em 2020);
  5. PL, com 523 prefeituras, alta ante 2020 (344);
  6. Republicanos, com 439 prefeituras, alta ante 2020 (212);
  7. PSB, com 311 prefeituras, alta ante 2020 (253);
  8. PSDB, com 273 prefeituras, queda ante 2020 (523);
  9. PT, com 251 prefeituras, alta ante 2020 (182);
  10. PDT, com 151 prefeituras, queda ante 2020 (315).

O destaque do PSD ficou com a reeleição de três prefeitos no primeiro turno, com Eduardo Paes, no Rio de Janeiro (RJ); Topázio Neto, em Florianópolis (SC); e Eduardo Braide (PSD), em São Luís (MA).

O caminho da sigla de Kassab ao topo da eleição municipal foi rápido, seguindo o mesmo comportamento pragmático do MDB: ou seja, apoiando diferentes governos, independentemente de sua corrente ideológica.

O PSD, fundado em 2011 a partir de uma dissidência do antigo Democratas, estreou em disputas municipais no ano seguinte já como a quarta maior força eleitoral, conquistando 494 cidades em 2012, quando ficou atrás apenas dos tradicionais MDB, PSDB e PT.

Depois disso, cresceu para 539 municípios, em 2016, e alcançou 657, em 2020.

O partido já havia se tornado o maior em prefeituras ao atrair quase 400 prefeitos de outras siglas nos últimos quatro anos.

Em abril deste ano, quando acabou o prazo para troca de partidos antes das eleições, o PSD tinha 1.040 municípios, segundo levantamento do jornal Folha de S.Paulo.

O crescimento recente foi puxado por São Paulo, onde a sigla se tornou a principal aliada do governo de Tarcísio de Freitas, que é, por sua vez, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Mas o PSD também está no governo de presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), comandando três ministérios: o de Minas e Energia, o da Agricultura e o da Pesca.

As alianças com diferentes governos dão mais o a investimentos públicos nos redutos eleitorais do partido, fortalecendo a sigla nas eleições, explicam cientistas políticos.

Desde seu nascimento, o partido apoiou todos os governos federais, ocupando ministérios nas gestões de Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).

"O PSD já nasce como um projeto de, em alguma medida, virar um novo MDB, e, assim, ser uma figura central para governabilidade", nota o cientista político Rafael Cortez, sócio da Tendências Consultoria.

Ele lembra que o partido foi fundado em 2011 sob liderança do Kassab em um momento em que parte do Democratas estava cansada do papel de oposição.

A sigla estava acostumada a ser governo até o PT chegar ao poder em 2003, com a primeira eleição de Lula.

Democratas foi o novo nome adotado pelo Partido da Frente Liberal (PFL), em 2007, quando a legenda vivia um enfraquecimento.

A sigla nasceu em 1985, liderada por egressos da Arena, partido de sustentação da ditadura militar (1964-1985).

Depois, esteve nos governos de Fernando Collor (1990-1992), Itamar Franco (1992-1994) e Fernando Henrique Cardoso (1994-2002), cujo vice-presidente era o pefelista Marco Maciel.

"Havia uma percepção de que estava muito custoso ser oposição por tanto tempo e que, então, seria possível atrair parte do PFL [Democratas] a partir desse descontentamento. O PSD foi uma forma desse grupo se reaproximar do poder", destaca Cortez.

Beto Barata/Presidência da República
Kassab deixou o governo Dilma, então Ministro das Cidades, para integrar o governo Temer, como ministro de Ciência e Tecnologia, Inovações e Comunicações, um mês depois

O avanço sobre o 'tucanistão' paulista 191z5t

Esse magnetismo pelo poder impulsionou a sigla no maior Estado do país.

A legenda se tornou o partido forte do governo de Tarcísio de Freitas, com Kassab ocupando a poderosa função de secretário de Governo e Relações Institucionais.

O cargo lhe garante protagonismo na articulação política, estando à frente da relação com as prefeituras paulistas e com a Assembleia Legislativa, e também nas negociações para liberação de centenas de milhões de reais em emendas extras — recursos que os deputados estaduais têm para investir pelo Estado, para além das emendas obrigatórias.

Foi nesse contexto que o partido praticamente quintuplicou de tamanho em São Paulo, ando de 66 prefeituras em 2020 para 329 no final de 2023, segundo levantamento do portal Poder 360.

O saldo das urnas em 2024 consolidou sua liderança também no Estado, com o PSD conquistando o comando de 207 municípios paulistas no primeiro turno, segundo dados da própria sigla.

O partido cresceu principalmente sobre antigas cidades tucanas, acompanhando o encolhimento do PSDB, que deixou de comandar o governo de São Paulo após quase três décadas ocupando o Palácio dos Bandeirantes, época em que o Estado ficou conhecido como "Tucanistão".

"Depois de 30 anos [de governos do PSDB], São Paulo tem um novo comando. E o Tarcísio está indo bem. Então o que há são prefeitos que querem estar sob sua liderança. Por que escolhem o PSD? É porque a acomodação local prevalece. O PSD é de centro, é conciliador. Estão indo para a liderança do Tarcísio", disse Kassab, ao jornal Valor Econômico, em novembro de 2023.

Para o cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), o bom desempenho do PSD nesta eleição municipal reflete também esse trabalho construído por Kassab de atrair prefeitos para a legenda nos anos anteriores.

"O ponto de partida é fundamental, ainda mais numa eleição que teve alto índice de reeleição", ressalta ele.

Apesar de Kassab definir seu partido como centro, Lavareda considera que o partido, por ser uma cria do antigo PFL, está mais para o campo da direita.

Além disso, lembra que o principal governador do partido, Ratinho Jr., do Paraná, é aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro. O partido também governa Sergipe, com Fábio Mitidieri.

Divulgação PSD
Kassab se tornou principal aliado de Tarcísio de Freitas em São Paulo

Os próximos os do PSD 4y1l56

O bom desempenho do PSD nas eleições municipais deixa o partido bem-posicionado para tentar mais espaço no governo Lula, um uma provável reforma ministerial, avalia Rafael Cortez.

A legenda também se cacifa para as articulações políticas das eleições de 2026, avalia.

Na última disputa presidencial, a sigla ameaçou lançar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), como candidato, mas desistiu e optou pela neutralidade, sem apoiar Lula ou Bolsonaro no segundo turno.

A expectativa é que, na próxima eleição, Pacheco saia candidato ao governo de Minas Gerais.

Já para o Palácio do Planalto, Kassab tem dito que o potencial candidato do PSD seria o governador do Paraná, Ratinho Jr. Nesse caso, nota Cortez, a sigla concorreria em oposição a Lula, tentando aglutinar o campo da direita.

Não há, hoje, um candidato claro para liderar esse campo, já que Bolsonaro foi condenado pela Justiça Eleitoral e está inelegível.

Outros que têm aparecido como potenciais concorrentes são os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo).

Kassab, porém, tem afirmado que o caminho natural de Freitas seria disputar a reeleição em São Paulo.

Para o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o plano do presidente do PSD é ser eleito vice-governador de Freitas em 2026 e, assim, se cacifar para disputar o governo de São Paulo em 2030.

Nesse cenário, ele assumiria o comando do maior Estado do país quando Freitas deixasse o cargo em meados de 2030 para disputar a Presidência da República.

"Kassab quer mostrar poder. Ele sonha ser vice do Tarcísio para ser governador [quando o Freitas se afastar para disputar a eleição presidencial]. Acho difícil Kassab atingir esse projeto. Nós somos contra", disse Costa Neto ao jornal Folha de S.Paulo em setembro.

"Kassab está nos dois lados. Está na esquerda e na direita. Mas isso tem um preço e vai custar caro para ele", criticou ainda o presidente do PL.

As falas revelaram o incômodo de Costa Neto com o avanço do PSD, que acabou atrapalhando a meta, declarada por ele próprio, de eleger mais de mil prefeitos esse ano.

O objetivo do PL apostava em duas bases: Bolsonaro como cabo eleitoral nas disputas municipais e o grande volume de recursos para investir nas campanhas, já que o partido, por ter feito a maior bancada da Câmara de Deputados em 2024, teve o maior volume de recursos do fundo eleitoral (R$ 886 milhões).

Kassab respondeu a Costa Neto no jornal: "É compreensível que os radicais, da esquerda e da direita, não entendam o papel do centro. Por isso, radicais", afirmou.

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