Pequim, China - O desabamento de uma mina no norte da China deixou cinco mortos, segundo um novo balanço divulgado nesta quinta-feira (23/2) pelos meios de comunicação estatais, enquanto foram retomadas as buscas por dezenas de desaparecidos, antes interrompidas por um novo deslizamento de terra.
Mais de 50 pessoas ficaram presas quando uma encosta de 180 metros de altura desabou na mina a céu aberto na província norte da Mongólia Interior por volta das 13h (2h no horário de Brasília) na quarta-feira (22/2), de acordo com a televisão estatal CCTV.
Centenas de socorristas foram enviados ao local, que fica na Liga Alxa, nome de uma unidade istrativa da região. As operações de resgate foram interrompidas na noite de quarta-feira, devido a um novo deslizamento de terra, mas foram retomadas na madrugada desta quinta, informou a CCTV, relatando cinco mortos, seis feridos e 48 desaparecidos.
Imagens de televisão mostram equipes de resgate em trajes laranja e capacetes amarelos trabalhando com escavadeiras para remover os escombros. "Eu tinha acabado de começar a trabalhar quando vi o deslizamento de terra descendo a colina. A situação piorou cada vez mais", disse um trabalhador resgatado, Ma Jianping, à CCTV. "Tentamos organizar uma evacuação, mas era tarde demais, o deslizamento de terra estava chegando", disse ele de um leito de hospital na região vizinha de Ningxia.
Os feridos estavam em condição estável, segundo um médico citado pela CCTV.
Investigação em andamento
O incidente afetou uma "ampla área" da mina, que é operada pela Xinjing Coal Mining Company, informou a CCTV. A empresa não atendeu aos telefonemas da AFP nesta quinta-feira.
"As razões do colapso estão sob investigação", e "o pessoal afetado", um termo que provavelmente se refere aos responsáveis pela mina, foi detido, informou a CCTV, citando as autoridades.
Um vídeo postado nas redes sociais por um motorista de caminhão de carvão mostrava pedras caindo de uma encosta, levantando nuvens de poeira que envolveram vários veículos. "Toda a encosta desabou (…). Quantas pessoas terão morrido disso">