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Ou seja, o empregador tem uma rela&ccedil;&atilde;o com o profissional por um tempo definido. Atualmente, pela legisla&ccedil;&atilde;o, a dura&ccedil;&atilde;o desse formato &eacute; de, no m&aacute;ximo, 270 dias. Mas o mais comum &eacute; de um acordo durar de dois dias a duas semanas. A principal diferen&ccedil;a entre a vaga tempor&aacute;ria e a fixa &eacute; o contrato. No primeiro, h&aacute; um prazo definido e no segundo, n&atilde;o. Mas h&aacute; chance de efetiva&ccedil;&atilde;o ao final do contrato. Confira dicas do que fazer para garantir uma coloca&ccedil;&atilde;o de curta dura&ccedil;&atilde;o.</p> <p class="texto">De acordo com Rogerio Bragherolli, economista especialista em empregabilidade e capital humano, &eacute; preciso ter compet&ecirc;ncias especiais como flexibilidade, boa comunica&ccedil;&atilde;o, proatividade e conhecimentos digitais. Essas habilidades v&atilde;o colaborar para a conquista de uma vaga. Al&eacute;m disso, &eacute; necess&aacute;rio estar atento &agrave;s m&iacute;dias sociais, &agrave;s Centrais de Atendimento ao Trabalhador, &agrave;s empresas de contrata&ccedil;&atilde;o e investir em networking.</p> <h3>Grande procura</h3> <p class="texto">A busca &eacute; muito grande pelo servi&ccedil;o tempor&aacute;rio, porque, al&eacute;m de serem muitas vagas, a modalidade n&atilde;o cria v&iacute;nculos com o empregado, o que facilita para os empregadores. Esse fator infla a vontade das empresas de optarem por esse modelo. O economista diz que a tend&ecirc;ncia aumenta, principalmente, no segundo semestre deste ano, &eacute;poca de sazonalidade, na qual as vagas de emprego tendem a crescer. Algumas das datas que mais carecem de funcion&aacute;rios s&atilde;o o Dia das Crian&ccedil;as, a Black Friday, o Natal e o ano -novo.</p> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2021/10/11/675x450/1_2-6915149.jpg" width="675" height="449" layout="responsive" alt="&quot;Eu acredito que exista um grande n&uacute;mero de vagas por conta da proximidade do Natal e das festas, al&eacute;m da reabertura dos restaurantes, porque esse setor est&aacute; recome&ccedil;ando, e n&atilde;o se sabe o que pode ocorrer daqui para frente&quot; Rogerio Bragherolli, economista"></amp-img> <figcaption>Arquivo Pessoal - <b>&quot;Eu acredito que exista um grande n&uacute;mero de vagas por conta da proximidade do Natal e das festas, al&eacute;m da reabertura dos restaurantes, porque esse setor est&aacute; recome&ccedil;ando, e n&atilde;o se sabe o que pode ocorrer daqui para frente&quot; Rogerio Bragherolli, economista</b></figcaption> </div></p> <p class="texto">O economista afirma que o emprego tempor&aacute;rio deve ser feito por uma empresa terceirizada. &Eacute; ela que ter&aacute; o contato com a empresa final que receber&aacute; o servi&ccedil;o e intermediar&aacute; a rela&ccedil;&atilde;o entre empregador e empregado. Rogerio pontua que o trabalhador tempor&aacute;rio pode chegar a ter quase todos os direitos que um fixo. Alguns deles s&atilde;o: Fundo de Garantia do Tempo de Servi&ccedil;o (FGTS), Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), pens&atilde;o por doen&ccedil;a, entre outros. Mas h&aacute; os deveres tamb&eacute;m. Esse trabalhador precisa respeitar as leis trabalhistas. Inclusive, se ele pedir demiss&atilde;o, perder&aacute; parte desses direitos.</p> <p class="texto">Segundo a diretora da Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira de Trabalho Tempor&aacute;rio (Assertem), Mara Bonaf&eacute;, o &iacute;ndice de efetiva&ccedil;&atilde;o ser&aacute; de 22% em 2021. Com quatro pontos percentuais de vantagem em rela&ccedil;&atilde;o a 2020 (18%). "As pessoas devem buscar essas vagas por meio dos sites de ag&ecirc;ncias de emprego tempor&aacute;rio", afirma. A diretora explica que n&atilde;o h&aacute; outra maneira de ocorrer a contrata&ccedil;&atilde;o tempor&aacute;ria, a n&atilde;o ser que seja pela intermedia&ccedil;&atilde;o de uma ag&ecirc;ncia, autorizada pelo Minist&eacute;rio do Trabalho. Ela ressalta que a oportunidade, por ser de curto per&iacute;odo, pode beneficiar as gr&aacute;vidas, que costumam conseguir emprego nesse per&iacute;odo por essa modalidade.</p> <p class="texto">No Distrito Federal, apenas o com&eacute;rio fez proje&ccedil;&atilde;o das vagas: 1.800. A ind&uacute;stria e o setor de servi&ccedil;os n&atilde;o t&ecirc;m pevis&atilde;o da quantidade de postos que ser&atilde;o abertos em outubro, novembro e dezembro.</p> <h3>Como conseguir uma vaga tempor&aacute;ria</h3> <p class="texto"><strong>Por Cl&aacute;udia Danienne,</strong> diretora executiva da Degoothi Consulting</p> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2021/10/11/675x450/1_3-6915160.jpg" width="675" height="449" layout="responsive" alt="Claudia Danienne afirma que &eacute; preciso estar atento &agrave; integridade do entrevistador"></amp-img> <figcaption>Arquivo Pessoal - <b>Claudia Danienne afirma que &eacute; preciso estar atento &agrave; integridade do entrevistador</b></figcaption> </div></p> <p class="texto">Esteja atento &agrave;s demandas ligadas ao mercado profissional.</p> <p class="texto"><strong>&raquo;</strong> Principalmente como o varejo e servi&ccedil;os. Leia na web, procure no jornal, em sites de emprego, se informe nas lojas ao visitar alguma como cliente, entre em sites s&eacute;rios de empresas de contrata&ccedil;&atilde;o de tempor&aacute;rios, informe de seu interesse em sua rede de relacionamentos.</p> <p class="texto">&raquo; Preste aten&ccedil;&atilde;o na seriedade e integridade do contratante para n&atilde;o cair em armadilhas.</p> <p class="texto"><strong>&raquo;</strong> N&atilde;o pague nada como taxa de inscri&ccedil;&atilde;o para vagas de trabalho; n&atilde;o forne&ccedil;a senhas e dados pessoais visando um emprego. E, claro, pense muito no que voc&ecirc; gosta de fazer. Isto ser&aacute; o seu diferencial profissional perante os outros. N&atilde;o basta saber fazer, tem que encantar o empregador com seu desempenho profissional.</p> <p class="texto"><strong>&raquo;</strong> Analise como voc&ecirc; &eacute; e busque ouvir tamb&eacute;m a opini&atilde;o de pessoas que lhe conhecem. Voc&ecirc; tem facilidade para se relacionar com o p&uacute;blico? Ou prefere ficar nos bastidores e planejar e organizar algo sem se expor? Se considera uma boa ouvinte? &Eacute; competitiva com metas? Precisa de autonomia ou maior supervis&atilde;o para desempenhar uma tarefa?</p> <p class="texto"><strong>&raquo;</strong> Liste tr&ecirc;s caracter&iacute;sticas que voc&ecirc; tem com desenvoltura e tr&ecirc;s que tem consci&ecirc;ncia que precisa aperfei&ccedil;oar.</p> <p class="texto"><strong>&raquo;</strong> Dessa forma, voc&ecirc; poder&aacute; trabalhar as suas for&ccedil;as e treinar as fraquezas. Essa lucidez em uma entrevista, <br />atrelada ao desejo de trabalhar e fazer o seu melhor, &eacute; essencial.</p> <p class="texto"><strong>&raquo;</strong> Ter um curr&iacute;culo objetivo com suas experi&ecirc;ncias anteriores se j&aacute; tiver tido alguma.</p> <p class="texto"><strong>&raquo;</strong> Caso n&atilde;o tenha nenhuma, pense se voc&ecirc; faz alguma atividade social, por exemplo: organiza eventos sociais beneficentes para a comunidade, &eacute; respons&aacute;vel pelo jornal da universidade ou participa de alguma atividade volunt&aacute;ria como Organiza&ccedil;&atilde;o de N&atilde;o Governamental de prote&ccedil;&atilde;o animal.</p> <p class="texto"><strong>&raquo;</strong> Aponte suas expectativas e demonstre garra na entrevista.</p> <p class="texto"><strong>&raquo;</strong> &Eacute; essencial demonstrar compromisso e vontade de aprender e superar as metas com o seu desempenho, sendo um grande colaborador da marca empregadora. &Eacute; importante tamb&eacute;m, ter esperan&ccedil;as de sair do tempor&aacute;rio para um emprego fixo ligado &agrave; ind&uacute;stria, transportes, servi&ccedil;os p&uacute;blicos e constru&ccedil;&atilde;o.<br /></p> <h3>Vantagens do trabalho</h3> <p class="texto">Uma Empresa de Trabalho Tempor&aacute;rio tem um banco de candidatos em que seleciona, disponibiliza e distribui os profissionais de acordo com cada demanda pontual solicitada. Cl&aacute;udia Danienne, diretora executiva da Degoothi Consulting ,explica que esses trabalhadores ficam dispon&iacute;veis por um per&iacute;odo contratual inicial de 180 dias corridos, podendo ser renovados por mais 90.</p> <p class="texto">Dos direitos trabalhistas, o empregado tempor&aacute;rio n&atilde;o recebe, como previsto em lei, a multa rescis&oacute;ria de 40% sobre o FGTSem caso de demiss&atilde;o sem justa causa. As principais diferen&ccedil;as entre os regimes de contrata&ccedil;&atilde;o est&atilde;o no tempo de contrato de trabalho, no n&uacute;mero de horas e no c&aacute;lculo de horas trabalhadas. Al&eacute;m disso, para o contrato tempor&aacute;rio, n&atilde;o h&aacute; previs&atilde;o de pagamento de aviso pr&eacute;vio , por exemplo.</p> <p class="texto"><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> </ul> </div></p> <p class="texto">H&aacute; uma expectativa de que 565 mil vagas sejam abertas no pa&iacute;s, segundo a especialista, impulsionadas pelas datas comemorativas e pela Black Friday. Conforme pesquisa da Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira do Trabalho Tempor&aacute;rio (Assertem), haver&aacute; um crescimento de 20% em rela&ccedil;&atilde;o ao ano ado no mesmo per&iacute;odo, o &uacute;ltimo trimestre de 2021.</p> <p class="texto">O otimismo se deve,principalmente, ao percentual da popula&ccedil;&atilde;o totalmente vacinada ter ultraado 40%. &ldquo;As pessoas j&aacute; est&atilde;o saindo mais para shoppings e lojas de rua. Al&eacute;m disso, &eacute; claro, h&aacute; um incremento no e-commerce desde o in&iacute;cio da pandemia&rdquo;, afirma.</p> <p class="texto">Cl&aacute;udia alerta para a manuten&ccedil;&atilde;o dos cuidados, a fim de evitar o cont&aacute;gio de covid-19. Mesmo para quem se imunizou com as duas doses da vacina, ou dose &uacute;nica, &eacute; fundamental seguir os protocolos, como evitar aglomera&ccedil;&atilde;o nas lojas, manter o distanciamento f&iacute;sico, usar &aacute;lcool em gel nas m&atilde;os, lav&aacute;-las, sempre usar a m&aacute;scara.</p> <p class="texto">A flexibiliza&ccedil;&atilde;o, isto &eacute;, o emprego tempor&aacute;rio, permite uma maior inclus&atilde;o , e isso &eacute; positivo, segundo avalia&ccedil;&atilde;o da psic&oacute;loga organizacional. Com o desemprego que assola o Brasil, a oportunidade de ter uma atividade tempor&aacute;ria &ldquo;acalenta&rdquo;, mas &eacute; preciso deixar ser guiado para um novo pensar.</p> <p class="texto">&ldquo;Percebo que pode ser um horizonte de esperan&ccedil;a, por&eacute;m n&atilde;o deve ser percebido como alternativa exclusiva&rdquo;, garante. Cl&aacute;udia afirma que ter uma oportunidade curta pode ser um primeiro degrau para uma qualifica&ccedil;&atilde;o e capacita&ccedil;&atilde;o para novas frentes, tal como construir gradativamente uma carreira.</p> <p class="texto">Conseguir um emprego tempor&aacute;rio, em tese, &eacute; mais f&aacute;cil do que conquistar uma coloca&ccedil;&atilde;o no mercado de trabalho formal. Mas essa curta experi&ecirc;ncia pode servir de base para que um candidato alcance novos e melhores empregos. (ALA)</p> <p class="texto"><br />A Lei 13.467, de 2017, mudou as regras relativas &agrave; remunera&ccedil;&atilde;o, plano de carreira e jornada de trabalho. A norma foi aprovada para flexibilizar o mercado de trabalho e simplificar as rela&ccedil;&otilde;es entre trabalhadores e empregadores.</p> <h3><br />O que diz a legisla&ccedil;&atilde;o</h3> <p class="texto">A contrata&ccedil;&atilde;o de empregados tempor&aacute;rios deve seguir o disposto na legisla&ccedil;&atilde;o espec&iacute;fica (Lei 6.019/74 e Decreto 10.060/2019) e garantir ao tempor&aacute;rio os direitos descritos abaixo:</p> <p class="texto"><br /><strong>&raquo;</strong> Quando contratado, o trabalhador tempor&aacute;rio deve receber a remunera&ccedil;&atilde;o equivalente &agrave;quela recebida pelos empregados da mesma categoria da empresa Utilizadora. Al&eacute;m disso, o pagamento de f&eacute;rias deve ser proporcional;</p> <p class="texto"><strong>&raquo;</strong> A jornada de trabalho deve ser no m&aacute;ximo 8 horas di&aacute;rias, podendo ter dura&ccedil;&atilde;o superior a 8 horas caso a empresa Utilizadora adote uma jornada de trabalho espec&iacute;fica;</p> <p class="texto"><strong>&raquo;</strong> Recebimento de f&eacute;rias proporcionais ao per&iacute;odo de trabalho acrescido de adicional de 1/3;</p> <p class="texto"><strong>&raquo;</strong> Descanso semanal remunerado;</p> <p class="texto"><strong>&raquo;</strong> Adicional por trabalho noturno de no m&iacute;nimo 20% em rela&ccedil;&atilde;o ao diurno, al&eacute;m da jornada reduzida;</p> <p class="texto"><strong>&raquo;</strong> Fundo de Garantia do Tempo de Servi&ccedil;o, na forma prevista em lei;</p> <p class="texto"><strong>&raquo;</strong> O trabalhador tempor&aacute;rio tem o direito tamb&eacute;m, ao seguro contra acidente que possa vir ocorrer durante o trabalho;</p> <p class="texto"><strong>&raquo;</strong> Prote&ccedil;&atilde;o previdenci&aacute;ria nos termos da legisla&ccedil;&atilde;o.</p> <p class="texto">- Anota&ccedil;&atilde;o do contrato de trabalho tempor&aacute;rio em sua Carteira de Trabalho e Previd&ecirc;ncia Social (CTPS) e todos os direitos remunerat&oacute;rios previstos em normas coletivas dos empregados da empresa Utilizadora, eis que pertencem &agrave; mesma categoria</p> <p class="texto"><strong>A Lei n&ordm; 6.019/74</strong> assegura ao trabalhador tempor&aacute;rio indeniza&ccedil;&atilde;o por dispensa sem justa causa ou t&eacute;rmino normal do contrato, correspondente a 1/12 avos do &uacute;ltimo sal&aacute;rio percebido, por m&ecirc;s ou fra&ccedil;&atilde;o igual ou superior a 15 dias trabalhados. Entretanto entende-se que essa indeniza&ccedil;&atilde;o foi substitu&iacute;da pelo direito ao FGTS, nos termos da Lei n&ordm; 8.036/90 e do Regulamento do FGTS, aprovado pelo Decreto n&ordm; 99.684/90.</p> <p class="texto"><strong>Fonte:</strong> Jur&iacute;dico da empresa Preventivo Employer</p> <h3>Mais barato para o empregador</h3> <p class="texto">As vagas tempor&aacute;rias podem ser consideradas, hoje, uma tend&ecirc;ncia do mercado, de acordo com o economista Rogerio Bragherolli. O convencional de vaga fixa, em carteira, deve perder relev&acirc;ncia no futuro para vagas tempor&aacute;rias, pessoas aut&ocirc;nomas.</p> <p class="texto">Esse &eacute; um tipo de trabalho mais flex&iacute;vel e, algumas vezes, mais barato para o empregador, porque n&atilde;o envolve comprometimento, diminuindo o ivo trabalhista. &ldquo;Daqui para frente, podem, sim, existir mais vagas tempor&aacute;rias, entendendo isso como uma nova tend&ecirc;ncia do mercado de trabalho&rdquo;, afirma Rogerio.</p> <p class="texto">O presidente da Federa&ccedil;&atilde;o do Com&eacute;rcio de Bens, Servi&ccedil;os e Turismo <br />do Distrito Federal (Fecom&eacute;rcio-DF), Jos&eacute; Aparecido Freire, aponta que 1.800 vagas tempor&aacute;rias abrir&atilde;o no fim deste ano, segundo a Confedera&ccedil;&atilde;o Nacional do Com&eacute;rcio. A estimativa &eacute; de que 30%, ou mais, desses funcion&aacute;rios sejam contratados definitivamente. Segundo ele, as vagas que v&ecirc;m sendo preenchidas est&atilde;o, na verdade, sendo retomadas, porque estavam bloqueadas.</p> <p class="texto">&ldquo;O com&eacute;rcio evolui de acordo com os decretos que foram feitos e a evolu&ccedil;&atilde;o da vacina&ccedil;&atilde;o. O Distrito Federal est&aacute; quase que normal em rela&ccedil;&atilde;o ao funcionamento, 50% do setor de eventos est&aacute; liberado. O hor&aacute;rio de funcionamento tamb&eacute;m voltou ao normal. Ent&atilde;o, tudo isso colabora para que o com&eacute;rcio volte ao normal&rdquo;, conclui.</p> <h3>Trabalho precarizado</h3> <p class="texto">A Central &Uacute;nica dos Trabalhadores (CUT) enxerga o trabalho tempor&aacute;rio como excepcional. Ari Aloraldo do Nascimento, secret&aacute;rio nacional de Rela&ccedil;&otilde;es doTrabalho da CUT, ite que essas vagas surgem mais no fim do ano em raz&atilde;o da demanda. Essa contrata&ccedil;&atilde;o &eacute; somente para atender &agrave; necessidade de substitui&ccedil;&atilde;o transit&oacute;ria de pessoal permanente ou &agrave; demanda complementar de servi&ccedil;os. No entanto, &ldquo;o que era para ser uma exce&ccedil;&atilde;o, virou regra&rdquo;, mostra</p> <p class="texto">&ldquo;O governo, n&atilde;o s&oacute; por causa das reformas aprovadas, mas pelas rela&ccedil;&otilde;es pol&iacute;ticas, tem incentivado esse tipo de trabalho&rdquo;, avalia. De acordo com Ari, essa modalidade de emprego n&atilde;o &eacute; vista como excepcional pelo governo. Para ele, o Estado se aproveita das poucas prote&ccedil;&otilde;es sociais que um empregado tempor&aacute;rio recebe e estimula que esse modelo se torne regra.</p> <p class="texto">N&atilde;o h&aacute; muitas garantias, conforme Ari. &ldquo;&Eacute; um tipo de trabalho precarizado, na nossa vis&atilde;o, n&atilde;o &eacute; um emprego que se preocupa com a dignidade do sal&aacute;rio. A inten&ccedil;&atilde;o do governo &eacute; precariza&rdquo;, arremata. Ele comenta que, antes, havia mais contrata&ccedil;&otilde;es no fim do per&iacute;odo tempor&aacute;rio. No entanto, isso n&atilde;o ocorre com a mesma frequ&ecirc;ncia hoje.</p> <p class="texto">&ldquo;O que n&oacute;s observamos, muitas vezes, &eacute; que o trabalhador troca a carteira assinada por um regime de contrata&ccedil;&atilde;o prec&aacute;rio. Essas pessoas, &agrave;s vezes, n&atilde;o t&ecirc;m muito claro para quem est&atilde;o prestando servi&ccedil;o&rdquo;, explica. O que &eacute; necess&aacute;rio, na avalia&ccedil;&atilde;o de Ari, &eacute; uma pol&iacute;tica s&eacute;ria de primeiro emprego, que d&ecirc; conta dos 14 milh&otilde;es de desempregados.</p> <h3>Di&aacute;rias de R$ 300</h3> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2021/10/11/675x450/1_4-6915171.jpg" width="675" height="449" layout="responsive" alt="&quot;Eu nunca fico sem trabalhar, mesmo nesta &eacute;poca de pandemia, eu continuei trabalhando bastante&quot; afirma Nyeise "></amp-img> <figcaption>Ed Alves/CB/D.A Press - <b>&quot;Eu nunca fico sem trabalhar, mesmo nesta &eacute;poca de pandemia, eu continuei trabalhando bastante&quot; afirma Nyeise </b></figcaption> </div></p> <p class="texto">Nyeise Pauline, 29 anos, trabalha com eventos h&aacute; mais ou menos seis anos. Os profissionais do ramo chamam esse tipo de trabalho de &ldquo;a&ccedil;&atilde;o&rdquo;, e essa a&ccedil;&atilde;o considerada tempor&aacute;ria pode ser por um dia, dois dias, uma semana ou duas semanas. Depende de cada empresa e do trabalho prestado a ela. Segundo a promotora de eventos, h&aacute; diversos cargos como recep&ccedil;&atilde;o, degusta&ccedil;&atilde;o, prospec&ccedil;&atilde;o, e esse &uacute;ltimo &eacute; no que ela est&aacute; ocupada atualmente.O seu trabalho consiste em captar clientes e vender carros a eles, num feir&atilde;o que fica na Asa Norte, em Bras&iacute;lia.</p> <p class="texto">A promotora explica que, em Bras&iacute;lia, h&aacute; muitas empresas de marketing promocional. A partir da base de dados desses locais, que separam os profissionais por perfis (comercial, modelo, recep&ccedil;&atilde;o), eles chamam os colaboradores para trabalhar nos eventos adequados para cada um.</p> <p class="texto">A jovem &eacute; formada em secretariado executivo desde 2015. A partir de <br />ent&atilde;o, sempre sentiu dificuldade em arrumar um emprego fixo. &ldquo;As propostas que estavam aparecendo, naquela &eacute;poca, estavam no m&aacute;ximo pagando um sal&aacute;rio m&iacute;nimo. N&atilde;o eram boas. Comecei a ingressar nessa parte de eventos e foi, dessa forma, que fui conhecendo v&aacute;rias ag&ecirc;ncias&rdquo;, conta.</p> <p class="texto">Por conta de seu trabalho, Nyeise era indicada para outras empresas. O trabalho tempor&aacute;rio, pela flexibilidade, demanda menos obrigatoriedade. Por isso, a jovem, em um dia, poderia estar fazendo recep&ccedil;&atilde;o no Pal&aacute;cio do Planalto e, no outro, trabalhando em uma degusta&ccedil;&atilde;o em um supermercado.</p> <p class="texto">&ldquo;Como eu sempre trabalhei para ag&ecirc;ncias diferentes, compensava muito. Uma di&aacute;ria pode ficar entre R$ 70 a R$ 300&rdquo;, relata.</p> <p class="texto">A maioria das ag&ecirc;ncias tem um grupo de promotoras cadastradas. Ent&atilde;o, quando surge uma vaga, eles disponibilizam e, algu&eacute;m que estiver sem nada, se candidata. A empresa, ent&atilde;o, encaminha uma foto com o curr&iacute;culo e, nesses casos, segundo Nyeise, a apar&ecirc;ncia conta bastante, assim como a indica&ccedil;&atilde;o.</p> <p class="texto">Essas empresas de marketing promocional terceirizam servi&ccedil;os tanto de estrutura quanto de promo&ccedil;&atilde;o de eventos. Os tempor&aacute;rios trabalham por horas. Um evento pode ser de quatro, seis, oito e at&eacute; 12 horas. &ldquo;Ent&atilde;o, voc&ecirc; tem que trabalhar muito bem, ter um perfil muito bom na ag&ecirc;ncia para eles contratarem e indicarem para essas ativ idades&rdquo;, diz.</p> <p class="texto">&ldquo;Eu nunca fico sem trabalhar. Mesmo nesta &eacute;poca de pandemia, eu continuei trabalhando bastante&rdquo;, afirma a secret&aacute;ria executiva. A ocupa&ccedil;&atilde;o compensa para ela por ser algo que gosta. Nyeise tem facilidade em se relacionar com o p&uacute;blico.</p> <p class="texto">A promotora de eventos afirma que h&aacute; muita menina jovem que quer iniciar no ramo por ter trabalhado como modelo. Mas Nyeise revela que n&atilde;o &eacute; simples. &ldquo;Para ingressar nesse mercado, essas jovens precisam ter indica&ccedil;&atilde;o de algu&eacute;m que trabalhe h&aacute; um bom tempo com isso, ou tem que se dedicar bastante e trabalhar muito bem, caso contr&aacute;rio, n&atilde;o conseguir&aacute;&rdquo;, aconselha. (ALA)</p> <h3>Desemprego</h3> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2021/10/11/675x450/1_5-6915182.jpg" width="675" height="449" layout="responsive" alt="O momento &eacute; favor&aacute;vel para empregos tempor&aacute;rios, segundo Gisele"></amp-img> <figcaption>Arquivo Pessoal - <b>O momento &eacute; favor&aacute;vel para empregos tempor&aacute;rios, segundo Gisele</b></figcaption> </div></p> <p class="texto">&ldquo;Eu nunca trabalhei com isso antes (contrato tempor&aacute;rio)&rdquo;, afirma Ednaela Evangelista, desempregada desde o in&iacute;cio da pandemia. A ex-bab&aacute; est&aacute; em busca de uma vaga tempor&aacute;ria, mas tem enfrentado dificuldades paral encontrar uma oportunidade.</p> <p class="texto">&ldquo;Tenho procurado algo ddesde o meio do ano para c&aacute;. Procuro vagas como ajudante de supermercado, atendente de lojas. Qualquer coisa&rdquo;, diz.</p> <p class="texto">A moradora do Areal revela que ficou desempregada porque cuidava de crian&ccedil;as. Quando surgiu o novo coronav&iacute;rus, as m&atilde;es ficaram desempregadas, ou o sal&aacute;rio diminu&iacute;a. Por consequ&ecirc;ncia, ela se viu sem saber o que fazer. A sorte &eacute; que o marido conseguiu segurar as pontas durante um tempo, mas, com a infla&ccedil;&atilde;o alta e o aumento do pre&ccedil;o dos alimentos, ela precisou procurar emprego.</p> <p class="texto">Ednaela que tem dois filhos, uma de 16 anos e outro, de 9, afirma que &ldquo;est&aacute; tudo muito dif&iacute;cil&rdquo;. &ldquo;O aluguel aumentou. Meu esposo, sozinho, n&atilde;o est&aacute; mais dando conta&rdquo;, diz.<br /></p> <h3>Carteira assinada jamais</h3> <p class="texto">Desde os 17 anos, Gisele Rodrighes, 27, faz trabalhos tempor&aacute;rios. Ela afirma que &eacute; uma maneira r&aacute;pida e f&aacute;cil de fazer dinheiro. &ldquo;Ganha bem mais do que trabalhar horas fichadas, e &eacute; r&aacute;pido. A maioria &eacute; de poucas horas&rdquo;, diz. A fam&iacute;lia dela tamb&eacute;m gosta, pois, assim, a jovem a mais tempo em casa.</p> <p class="texto">Ela trabalhou fixo durante alguns per&iacute;odos, mas chegava um momento em que pedia para sair e voltava para os trabalhos tempor&aacute;rios. O &uacute;ltimo emprego que teve durou um ano e seis meses e foi com carteira assinada. &ldquo;Ano ado, n&atilde;o tive empregos tempor&aacute;rios em raz&atilde;o do novo coronav&iacute;rus&rdquo;, afirma.</p> <p class="texto">Agora, ela relata que o cen&aacute;rio mudou, e os trabalhos tempor&aacute;rios t&ecirc;m aparecido mais. Gisele diz que saiu por vontade pr&oacute;pria do emprego fixo, porque, al&eacute;m de tomar muito seu tempo, n&atilde;o estava dando para pagar as contas.</p> <p class="texto">Em rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s condi&ccedil;&otilde;es de trabalho, diz ela, a empresa sempre resguarda a sa&uacute;de do funcion&aacute;rio, n&atilde;o os colocando para pegar muito peso ou nada que possa prejudic&aacute;-los fisicamente. Se o trabalho &eacute; exposto ao sol, os empregadores precisam fornecer protetor solar, bon&eacute; e &aacute;gua. &ldquo;O ruim &eacute; que n&atilde;o temos nenhum benef&iacute;cio e nem contribu&iacute;mos com a Previd&ecirc;ncia, n&eacute;?&rdquo;, lamenta.</p> <p class="texto">Gisele aponta como vantagem a remunera&ccedil;&atilde;o. "A cada hora &eacute; pago um valor. Se o funcion&aacute;rio ar quatro ou seis horas no expediente tempor&aacute;rio, ele receber&aacute; remunera&ccedil;&atilde;o diferente. Seu contato &eacute; com a empresa de marketing, que a convoca para os servi&ccedil;os, e ela decide se vai ou n&atilde;o. Uma pessoa &eacute; terceirizada por uma empresa, e a negocia&ccedil;&atilde;o ocorre de empresa para empresa. O terceirizado &mdash; tempor&aacute;rio &mdash; n&atilde;o tem contato direto com a firma que o contrata&rdquo;. relata. (ALA)<br /></p> <h3>Tr&ecirc;s eventos no mesmo dia</h3> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2021/10/11/675x450/1_6-6915193.jpg" width="675" height="449" layout="responsive" alt="Gilian afirma que ganha mais do que ganharia se trabalhasse com carteira assinada"></amp-img> <figcaption>Arquivo Pessoal - <b>Gilian afirma que ganha mais do que ganharia se trabalhasse com carteira assinada</b></figcaption> </div></p> <p class="texto">&ldquo;Trabalhei em v&aacute;rias &aacute;reas de carteira assinada, mas, atualmente, estou dando prefer&ecirc;ncia para empregos tempor&aacute;rios&rdquo;, afirma Gilian Oliveira, 31 anos, promotor de eventos. O rapaz diz que o formato permite que ele fa&ccedil;a dois e, &agrave;s vezes, tr&ecirc;s eventos no mesmo dia. Agora, ele ganha mais do que quando era fichado. Com a abertura dos eventos e as festas sendo retomadas, seus rendimentos aumentam cada dia mais.</p> <p class="texto">Gilian morava em Mato Grosso , onde trabalhava em uma empresa de energia. Ao ficar desempregado, veio para Bras&iacute;lia. Depois de entregar alguns curr&iacute;culos, resolveu apostar nas vagas tempor&aacute;rias. O profissional afirma que a &uacute;ltima vez que teve carteira assinada foi no final de 2019. Nesse mesmo ano, conseguiu se ocupar e entregou brindes em um shopping. &ldquo;Foi a&iacute; que me deu o despertar de trabalhar nessas promo&ccedil;&otilde;es e em empregos tempor&aacute;rios&rdquo;, diz.</p> <p class="texto">Natural do Cear&aacute;, o promotor de eventos, depois de chegar a Bras&iacute;lia, fez um curso na &aacute;rea no Instituto Federal de Bras&iacute;lia, no c&acirc;mpus da Asa Norte. Ele conta que se encontrou e que, para voltar para o antigo ramo de energia, a proposta de emprego tem que ser muito boa. &ldquo;Est&atilde;o aparecendo muitos eventos tempor&aacute;rios, portanto, est&aacute; compensando bastante&rdquo;, afirma.</p> <p class="texto">No primeiro final de semana de outubro, Gilian ou a trabalhar em uma a&ccedil;&atilde;o do Shopping Conjunto Nacional para o Dia das Crian&ccedil;as. Ele conta que essa ser&aacute; a sua terceira ocupa&ccedil;&atilde;o. O promotor j&aacute; trabalha como cerimonialista em casamentos e em uma cl&iacute;nica de depila&ccedil;&atilde;o.</p> <p class="texto">Os benef&iacute;cios dependem de cada fun&ccedil;&atilde;o. Gilian diz que, nesse mundo, &ldquo;vai muito de quem indica&rdquo;. Se voc&ecirc; se destacar, lhe chamam para outro evento, e, pouco a pouco, ganham confian&ccedil;a no seu trabalho.</p> <p class="texto">Seu seguro &eacute; o Microempreendedor Individual (MEI), que ele paga todo m&ecirc;s, pois seguro desemprego n&atilde;o h&aacute;. O promotor esclarece que a&ccedil;&otilde;es que duram mais de um m&ecirc;s geralmente t&ecirc;m um contrato, mas a grande maioria dura uma semana. &ldquo;Na maior parte dos casos, a empresa &eacute; quem te chama. Se voc&ecirc; se destaca, ela j&aacute; te reserva. Os grupos no WhatsApp de freelancer tamb&eacute;m ajudam muito. Neste final de ano, muita coisa est&aacute; aparecendo&rdquo;, conta. 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Eu, Estudante 5f221k

oportunidade

Conquiste uma vaga de trabalho temporário 156l2m

Saiba tudo sobre a modalidade de trabalho temporário, como o direito do trabalhador de ter anotação em Carteira de Trabalho, além de dicas imperdíveis para conquistar uma vaga 3ya1a

No emprego temporário, há uma data de validade. Ou seja, o empregador tem uma relação com o profissional por um tempo definido. Atualmente, pela legislação, a duração desse formato é de, no máximo, 270 dias. Mas o mais comum é de um acordo durar de dois dias a duas semanas. A principal diferença entre a vaga temporária e a fixa é o contrato. No primeiro, há um prazo definido e no segundo, não. Mas há chance de efetivação ao final do contrato. Confira dicas do que fazer para garantir uma colocação de curta duração.

De acordo com Rogerio Bragherolli, economista especialista em empregabilidade e capital humano, é preciso ter competências especiais como flexibilidade, boa comunicação, proatividade e conhecimentos digitais. Essas habilidades vão colaborar para a conquista de uma vaga. Além disso, é necessário estar atento às mídias sociais, às Centrais de Atendimento ao Trabalhador, às empresas de contratação e investir em networking.

Grande procura 1s2g65

A busca é muito grande pelo serviço temporário, porque, além de serem muitas vagas, a modalidade não cria vínculos com o empregado, o que facilita para os empregadores. Esse fator infla a vontade das empresas de optarem por esse modelo. O economista diz que a tendência aumenta, principalmente, no segundo semestre deste ano, época de sazonalidade, na qual as vagas de emprego tendem a crescer. Algumas das datas que mais carecem de funcionários são o Dia das Crianças, a Black Friday, o Natal e o ano -novo.

Arquivo Pessoal - "Eu acredito que exista um grande número de vagas por conta da proximidade do Natal e das festas, além da reabertura dos restaurantes, porque esse setor está recomeçando, e não se sabe o que pode ocorrer daqui para frente" Rogerio Bragherolli, economista

O economista afirma que o emprego temporário deve ser feito por uma empresa terceirizada. É ela que terá o contato com a empresa final que receberá o serviço e intermediará a relação entre empregador e empregado. Rogerio pontua que o trabalhador temporário pode chegar a ter quase todos os direitos que um fixo. Alguns deles são: Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), pensão por doença, entre outros. Mas há os deveres também. Esse trabalhador precisa respeitar as leis trabalhistas. Inclusive, se ele pedir demissão, perderá parte desses direitos.

Segundo a diretora da Associação Brasileira de Trabalho Temporário (Assertem), Mara Bonafé, o índice de efetivação será de 22% em 2021. Com quatro pontos percentuais de vantagem em relação a 2020 (18%). "As pessoas devem buscar essas vagas por meio dos sites de agências de emprego temporário", afirma. A diretora explica que não há outra maneira de ocorrer a contratação temporária, a não ser que seja pela intermediação de uma agência, autorizada pelo Ministério do Trabalho. Ela ressalta que a oportunidade, por ser de curto período, pode beneficiar as grávidas, que costumam conseguir emprego nesse período por essa modalidade.

No Distrito Federal, apenas o comério fez projeção das vagas: 1.800. A indústria e o setor de serviços não têm pevisão da quantidade de postos que serão abertos em outubro, novembro e dezembro.

Como conseguir uma vaga temporária 363f37

Por Cláudia Danienne, diretora executiva da Degoothi Consulting

Arquivo Pessoal - Claudia Danienne afirma que é preciso estar atento à integridade do entrevistador

Esteja atento às demandas ligadas ao mercado profissional.

» Principalmente como o varejo e serviços. Leia na web, procure no jornal, em sites de emprego, se informe nas lojas ao visitar alguma como cliente, entre em sites sérios de empresas de contratação de temporários, informe de seu interesse em sua rede de relacionamentos.

» Preste atenção na seriedade e integridade do contratante para não cair em armadilhas.

» Não pague nada como taxa de inscrição para vagas de trabalho; não forneça senhas e dados pessoais visando um emprego. E, claro, pense muito no que você gosta de fazer. Isto será o seu diferencial profissional perante os outros. Não basta saber fazer, tem que encantar o empregador com seu desempenho profissional.

» Analise como você é e busque ouvir também a opinião de pessoas que lhe conhecem. Você tem facilidade para se relacionar com o público? Ou prefere ficar nos bastidores e planejar e organizar algo sem se expor? Se considera uma boa ouvinte? É competitiva com metas? Precisa de autonomia ou maior supervisão para desempenhar uma tarefa?

» Liste três características que você tem com desenvoltura e três que tem consciência que precisa aperfeiçoar.

» Dessa forma, você poderá trabalhar as suas forças e treinar as fraquezas. Essa lucidez em uma entrevista,
atrelada ao desejo de trabalhar e fazer o seu melhor, é essencial.

» Ter um currículo objetivo com suas experiências anteriores se já tiver tido alguma.

» Caso não tenha nenhuma, pense se você faz alguma atividade social, por exemplo: organiza eventos sociais beneficentes para a comunidade, é responsável pelo jornal da universidade ou participa de alguma atividade voluntária como Organização de Não Governamental de proteção animal.

» Aponte suas expectativas e demonstre garra na entrevista.

» É essencial demonstrar compromisso e vontade de aprender e superar as metas com o seu desempenho, sendo um grande colaborador da marca empregadora. É importante também, ter esperanças de sair do temporário para um emprego fixo ligado à indústria, transportes, serviços públicos e construção.

Vantagens do trabalho 2h684r

Uma Empresa de Trabalho Temporário tem um banco de candidatos em que seleciona, disponibiliza e distribui os profissionais de acordo com cada demanda pontual solicitada. Cláudia Danienne, diretora executiva da Degoothi Consulting ,explica que esses trabalhadores ficam disponíveis por um período contratual inicial de 180 dias corridos, podendo ser renovados por mais 90.

Dos direitos trabalhistas, o empregado temporário não recebe, como previsto em lei, a multa rescisória de 40% sobre o FGTSem caso de demissão sem justa causa. As principais diferenças entre os regimes de contratação estão no tempo de contrato de trabalho, no número de horas e no cálculo de horas trabalhadas. Além disso, para o contrato temporário, não há previsão de pagamento de aviso prévio , por exemplo.

Saiba Mais 5oz38

Há uma expectativa de que 565 mil vagas sejam abertas no país, segundo a especialista, impulsionadas pelas datas comemorativas e pela Black Friday. Conforme pesquisa da Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Assertem), haverá um crescimento de 20% em relação ao ano ado no mesmo período, o último trimestre de 2021.

O otimismo se deve,principalmente, ao percentual da população totalmente vacinada ter ultraado 40%. “As pessoas já estão saindo mais para shoppings e lojas de rua. Além disso, é claro, há um incremento no e-commerce desde o início da pandemia”, afirma.

Cláudia alerta para a manutenção dos cuidados, a fim de evitar o contágio de covid-19. Mesmo para quem se imunizou com as duas doses da vacina, ou dose única, é fundamental seguir os protocolos, como evitar aglomeração nas lojas, manter o distanciamento físico, usar álcool em gel nas mãos, lavá-las, sempre usar a máscara.

A flexibilização, isto é, o emprego temporário, permite uma maior inclusão , e isso é positivo, segundo avaliação da psicóloga organizacional. Com o desemprego que assola o Brasil, a oportunidade de ter uma atividade temporária “acalenta”, mas é preciso deixar ser guiado para um novo pensar.

“Percebo que pode ser um horizonte de esperança, porém não deve ser percebido como alternativa exclusiva”, garante. Cláudia afirma que ter uma oportunidade curta pode ser um primeiro degrau para uma qualificação e capacitação para novas frentes, tal como construir gradativamente uma carreira.

Conseguir um emprego temporário, em tese, é mais fácil do que conquistar uma colocação no mercado de trabalho formal. Mas essa curta experiência pode servir de base para que um candidato alcance novos e melhores empregos. (ALA)


A Lei 13.467, de 2017, mudou as regras relativas à remuneração, plano de carreira e jornada de trabalho. A norma foi aprovada para flexibilizar o mercado de trabalho e simplificar as relações entre trabalhadores e empregadores.

O que diz a legislação 4rz1j

A contratação de empregados temporários deve seguir o disposto na legislação específica (Lei 6.019/74 e Decreto 10.060/2019) e garantir ao temporário os direitos descritos abaixo:


» Quando contratado, o trabalhador temporário deve receber a remuneração equivalente àquela recebida pelos empregados da mesma categoria da empresa Utilizadora. Além disso, o pagamento de férias deve ser proporcional;

» A jornada de trabalho deve ser no máximo 8 horas diárias, podendo ter duração superior a 8 horas caso a empresa Utilizadora adote uma jornada de trabalho específica;

» Recebimento de férias proporcionais ao período de trabalho acrescido de adicional de 1/3;

» Descanso semanal remunerado;

» Adicional por trabalho noturno de no mínimo 20% em relação ao diurno, além da jornada reduzida;

» Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, na forma prevista em lei;

» O trabalhador temporário tem o direito também, ao seguro contra acidente que possa vir ocorrer durante o trabalho;

» Proteção previdenciária nos termos da legislação.

- Anotação do contrato de trabalho temporário em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) e todos os direitos remuneratórios previstos em normas coletivas dos empregados da empresa Utilizadora, eis que pertencem à mesma categoria

A Lei nº 6.019/74 assegura ao trabalhador temporário indenização por dispensa sem justa causa ou término normal do contrato, correspondente a 1/12 avos do último salário percebido, por mês ou fração igual ou superior a 15 dias trabalhados. Entretanto entende-se que essa indenização foi substituída pelo direito ao FGTS, nos termos da Lei nº 8.036/90 e do Regulamento do FGTS, aprovado pelo Decreto nº 99.684/90.

Fonte: Jurídico da empresa Preventivo Employer

Mais barato para o empregador 5433e

As vagas temporárias podem ser consideradas, hoje, uma tendência do mercado, de acordo com o economista Rogerio Bragherolli. O convencional de vaga fixa, em carteira, deve perder relevância no futuro para vagas temporárias, pessoas autônomas.

Esse é um tipo de trabalho mais flexível e, algumas vezes, mais barato para o empregador, porque não envolve comprometimento, diminuindo o ivo trabalhista. “Daqui para frente, podem, sim, existir mais vagas temporárias, entendendo isso como uma nova tendência do mercado de trabalho”, afirma Rogerio.

O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
do Distrito Federal (Fecomércio-DF), José Aparecido Freire, aponta que 1.800 vagas temporárias abrirão no fim deste ano, segundo a Confederação Nacional do Comércio. A estimativa é de que 30%, ou mais, desses funcionários sejam contratados definitivamente. Segundo ele, as vagas que vêm sendo preenchidas estão, na verdade, sendo retomadas, porque estavam bloqueadas.

“O comércio evolui de acordo com os decretos que foram feitos e a evolução da vacinação. O Distrito Federal está quase que normal em relação ao funcionamento, 50% do setor de eventos está liberado. O horário de funcionamento também voltou ao normal. Então, tudo isso colabora para que o comércio volte ao normal”, conclui.

Trabalho precarizado 634v1k

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) enxerga o trabalho temporário como excepcional. Ari Aloraldo do Nascimento, secretário nacional de Relações doTrabalho da CUT, ite que essas vagas surgem mais no fim do ano em razão da demanda. Essa contratação é somente para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à demanda complementar de serviços. No entanto, “o que era para ser uma exceção, virou regra”, mostra

“O governo, não só por causa das reformas aprovadas, mas pelas relações políticas, tem incentivado esse tipo de trabalho”, avalia. De acordo com Ari, essa modalidade de emprego não é vista como excepcional pelo governo. Para ele, o Estado se aproveita das poucas proteções sociais que um empregado temporário recebe e estimula que esse modelo se torne regra.

Não há muitas garantias, conforme Ari. “É um tipo de trabalho precarizado, na nossa visão, não é um emprego que se preocupa com a dignidade do salário. A intenção do governo é precariza”, arremata. Ele comenta que, antes, havia mais contratações no fim do período temporário. No entanto, isso não ocorre com a mesma frequência hoje.

“O que nós observamos, muitas vezes, é que o trabalhador troca a carteira assinada por um regime de contratação precário. Essas pessoas, às vezes, não têm muito claro para quem estão prestando serviço”, explica. O que é necessário, na avaliação de Ari, é uma política séria de primeiro emprego, que dê conta dos 14 milhões de desempregados.

Diárias de R$ 300 1n3f6l

Ed Alves/CB/D.A Press - "Eu nunca fico sem trabalhar, mesmo nesta época de pandemia, eu continuei trabalhando bastante" afirma Nyeise

Nyeise Pauline, 29 anos, trabalha com eventos há mais ou menos seis anos. Os profissionais do ramo chamam esse tipo de trabalho de “ação”, e essa ação considerada temporária pode ser por um dia, dois dias, uma semana ou duas semanas. Depende de cada empresa e do trabalho prestado a ela. Segundo a promotora de eventos, há diversos cargos como recepção, degustação, prospecção, e esse último é no que ela está ocupada atualmente.O seu trabalho consiste em captar clientes e vender carros a eles, num feirão que fica na Asa Norte, em Brasília.

A promotora explica que, em Brasília, há muitas empresas de marketing promocional. A partir da base de dados desses locais, que separam os profissionais por perfis (comercial, modelo, recepção), eles chamam os colaboradores para trabalhar nos eventos adequados para cada um.

A jovem é formada em secretariado executivo desde 2015. A partir de
então, sempre sentiu dificuldade em arrumar um emprego fixo. “As propostas que estavam aparecendo, naquela época, estavam no máximo pagando um salário mínimo. Não eram boas. Comecei a ingressar nessa parte de eventos e foi, dessa forma, que fui conhecendo várias agências”, conta.

Por conta de seu trabalho, Nyeise era indicada para outras empresas. O trabalho temporário, pela flexibilidade, demanda menos obrigatoriedade. Por isso, a jovem, em um dia, poderia estar fazendo recepção no Palácio do Planalto e, no outro, trabalhando em uma degustação em um supermercado.

“Como eu sempre trabalhei para agências diferentes, compensava muito. Uma diária pode ficar entre R$ 70 a R$ 300”, relata.

A maioria das agências tem um grupo de promotoras cadastradas. Então, quando surge uma vaga, eles disponibilizam e, alguém que estiver sem nada, se candidata. A empresa, então, encaminha uma foto com o currículo e, nesses casos, segundo Nyeise, a aparência conta bastante, assim como a indicação.

Essas empresas de marketing promocional terceirizam serviços tanto de estrutura quanto de promoção de eventos. Os temporários trabalham por horas. Um evento pode ser de quatro, seis, oito e até 12 horas. “Então, você tem que trabalhar muito bem, ter um perfil muito bom na agência para eles contratarem e indicarem para essas ativ idades”, diz.

“Eu nunca fico sem trabalhar. Mesmo nesta época de pandemia, eu continuei trabalhando bastante”, afirma a secretária executiva. A ocupação compensa para ela por ser algo que gosta. Nyeise tem facilidade em se relacionar com o público.

A promotora de eventos afirma que há muita menina jovem que quer iniciar no ramo por ter trabalhado como modelo. Mas Nyeise revela que não é simples. “Para ingressar nesse mercado, essas jovens precisam ter indicação de alguém que trabalhe há um bom tempo com isso, ou tem que se dedicar bastante e trabalhar muito bem, caso contrário, não conseguirá”, aconselha. (ALA)

Desemprego 5y2z2p

Arquivo Pessoal - O momento é favorável para empregos temporários, segundo Gisele

“Eu nunca trabalhei com isso antes (contrato temporário)”, afirma Ednaela Evangelista, desempregada desde o início da pandemia. A ex-babá está em busca de uma vaga temporária, mas tem enfrentado dificuldades paral encontrar uma oportunidade.

“Tenho procurado algo ddesde o meio do ano para cá. Procuro vagas como ajudante de supermercado, atendente de lojas. Qualquer coisa”, diz.

A moradora do Areal revela que ficou desempregada porque cuidava de crianças. Quando surgiu o novo coronavírus, as mães ficaram desempregadas, ou o salário diminuía. Por consequência, ela se viu sem saber o que fazer. A sorte é que o marido conseguiu segurar as pontas durante um tempo, mas, com a inflação alta e o aumento do preço dos alimentos, ela precisou procurar emprego.

Ednaela que tem dois filhos, uma de 16 anos e outro, de 9, afirma que “está tudo muito difícil”. “O aluguel aumentou. Meu esposo, sozinho, não está mais dando conta”, diz.

Carteira assinada jamais 2s3t66

Desde os 17 anos, Gisele Rodrighes, 27, faz trabalhos temporários. Ela afirma que é uma maneira rápida e fácil de fazer dinheiro. “Ganha bem mais do que trabalhar horas fichadas, e é rápido. A maioria é de poucas horas”, diz. A família dela também gosta, pois, assim, a jovem a mais tempo em casa.

Ela trabalhou fixo durante alguns períodos, mas chegava um momento em que pedia para sair e voltava para os trabalhos temporários. O último emprego que teve durou um ano e seis meses e foi com carteira assinada. “Ano ado, não tive empregos temporários em razão do novo coronavírus”, afirma.

Agora, ela relata que o cenário mudou, e os trabalhos temporários têm aparecido mais. Gisele diz que saiu por vontade própria do emprego fixo, porque, além de tomar muito seu tempo, não estava dando para pagar as contas.

Em relação às condições de trabalho, diz ela, a empresa sempre resguarda a saúde do funcionário, não os colocando para pegar muito peso ou nada que possa prejudicá-los fisicamente. Se o trabalho é exposto ao sol, os empregadores precisam fornecer protetor solar, boné e água. “O ruim é que não temos nenhum benefício e nem contribuímos com a Previdência, né?”, lamenta.

Gisele aponta como vantagem a remuneração. "A cada hora é pago um valor. Se o funcionário ar quatro ou seis horas no expediente temporário, ele receberá remuneração diferente. Seu contato é com a empresa de marketing, que a convoca para os serviços, e ela decide se vai ou não. Uma pessoa é terceirizada por uma empresa, e a negociação ocorre de empresa para empresa. O terceirizado — temporário — não tem contato direto com a firma que o contrata”. relata. (ALA)

Três eventos no mesmo dia 5t5b6g

Arquivo Pessoal - Gilian afirma que ganha mais do que ganharia se trabalhasse com carteira assinada

“Trabalhei em várias áreas de carteira assinada, mas, atualmente, estou dando preferência para empregos temporários”, afirma Gilian Oliveira, 31 anos, promotor de eventos. O rapaz diz que o formato permite que ele faça dois e, às vezes, três eventos no mesmo dia. Agora, ele ganha mais do que quando era fichado. Com a abertura dos eventos e as festas sendo retomadas, seus rendimentos aumentam cada dia mais.

Gilian morava em Mato Grosso , onde trabalhava em uma empresa de energia. Ao ficar desempregado, veio para Brasília. Depois de entregar alguns currículos, resolveu apostar nas vagas temporárias. O profissional afirma que a última vez que teve carteira assinada foi no final de 2019. Nesse mesmo ano, conseguiu se ocupar e entregou brindes em um shopping. “Foi aí que me deu o despertar de trabalhar nessas promoções e em empregos temporários”, diz.

Natural do Ceará, o promotor de eventos, depois de chegar a Brasília, fez um curso na área no Instituto Federal de Brasília, no câmpus da Asa Norte. Ele conta que se encontrou e que, para voltar para o antigo ramo de energia, a proposta de emprego tem que ser muito boa. “Estão aparecendo muitos eventos temporários, portanto, está compensando bastante”, afirma.

No primeiro final de semana de outubro, Gilian ou a trabalhar em uma ação do Shopping Conjunto Nacional para o Dia das Crianças. Ele conta que essa será a sua terceira ocupação. O promotor já trabalha como cerimonialista em casamentos e em uma clínica de depilação.

Os benefícios dependem de cada função. Gilian diz que, nesse mundo, “vai muito de quem indica”. Se você se destacar, lhe chamam para outro evento, e, pouco a pouco, ganham confiança no seu trabalho.

Seu seguro é o Microempreendedor Individual (MEI), que ele paga todo mês, pois seguro desemprego não há. O promotor esclarece que ações que duram mais de um mês geralmente têm um contrato, mas a grande maioria dura uma semana. “Na maior parte dos casos, a empresa é quem te chama. Se você se destaca, ela já te reserva. Os grupos no WhatsApp de freelancer também ajudam muito. Neste final de ano, muita coisa está aparecendo”, conta. (ALA)

*Sob a supervisão da subeditora Ana Luisa Araujo