
Após quase seis anos de uma batalha pública que abalou a indústria musical, Taylor Swift finalmente recuperou os direitos autorais de seus seis primeiros álbuns. A cantora anunciou a compra em uma carta emocionada publicada em seu site, descrevendo o momento como a realização de um sonho que parecia distante por muito tempo.
O Início da Controvérsia
A disputa começou em 2019, quando Scooter Braun, empresário de artistas como Justin Bieber e Ariana Grande, adquiriu a Big Machine Label Group — gravadora que detinha os masters de Swift desde seu contrato assinado aos 15 anos. O negócio, avaliado em mais de US$ 300 milhões, incluiu todo o catálogo da artista sem que ela tivesse a oportunidade de comprá-lo.
Swift reagiu com indignação em uma postagem no Tumblr, acusando Braun de anos de “bullying” e Borchetta, então presidente da Big Machine, de vender seu legado musical para alguém que, segundo ela, tentou “destruí-la”. A partir daí, a briga se tornou um símbolo da luta dos artistas por direitos autorais e controle sobre suas próprias obras.
A Estratégia de Swift: “Taylor’s Version”
Sem poder recuperar os masters diretamente, Swift anunciou um plano ousado: regravar todos os seus seis primeiros álbuns, lançando as chamadas Taylor’s Versions. O projeto, iniciado em 2021 com Fearless (Taylor’s Version), foi um sucesso estrondoso, com cada relançamento superando os números dos originais e conquistando o topo das paradas.
Enquanto isso, Braun vendeu os masters para a Shamrock Holdings em 2020 por cerca de US$ 400 milhões, mas Swift recusou-se a negociar com a empresa ao descobrir que Braun ainda lucraria com o acordo.
O Fechamento do Ciclo
Agora, em 2025, Swift conseguiu o que sempre desejou: a posse total de suas gravações originais. Em sua carta, ela agradeceu à Shamrock pela transparência nas negociações e expressou alívio por finalmente encerrar o capítulo.
Scooter Braun, por sua vez, respondeu com brevidade: “Estou feliz por ela”, disse à Billboard. A declaração contrasta com os anos de tensão, incluindo postagens provocativas nas redes sociais e até mesmo uma piada sobre as férias de Swift em 2024.
Impacto na Indústria
A batalha entre Swift e Braun levantou debates cruciais sobre propriedade artística, direitos autorais e o papel de investidores na música. Swift usou sua plataforma para criticar a “ganância” do mercado e inspirou outros artistas a buscarem maior controle sobre suas obras.
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