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Sean ‘Diddy’ Combs alega racismo em acusação federal

sa do rapper entra com pedido para anular acusação, alegando seletividade racial e perseguição política

Sean ‘Diddy’ Combs alega racismo em acusação federal -  (crédito: TMJBrazil)
Sean ‘Diddy’ Combs alega racismo em acusação federal - (crédito: TMJBrazil)

A equipe jurídica de Sean “Diddy” Combs intensificou sua estratégia de defesa ao apresentar uma moção para anular uma das três acusações federais contra o rapper e empresário.

O documento, protocolado na noite de terça-feira, argumenta que Combs está sendo alvo de um processo seletivo e motivado por questões raciais, afirmando que “nenhuma pessoa branca jamais foi processada de maneira remotamente semelhante” sob a Lei Mann.

A defesa alega que a acusação de transporte para fins de prostituição, referente à Contagem Três da acusação S1, é uma tentativa de criminalizar um comportamento que, segundo os advogados, não costuma ser alvo de processos judiciais.

O memorando revisado pela Variety destaca que “nunca houve um caso RICO semelhante” e sugere que Combs está sendo tratado de forma desigual por ser um homem negro poderoso.

O caso se baseia na Lei Mann, uma legislação centenária originalmente conhecida como White-Slave Traffic Act, criada para combater o tráfico sexual, mas que historicamente foi utilizada de forma controversa para perseguir homens negros.

Segundo a defesa de Combs, a acusação envolve interações consensuais entre suas namoradas e supostos acompanhantes masculinos contratados por meio de serviços legais.

Os advogados citam casos de homens brancos bem-sucedidos, como o ex-governador de Nova York Eliot Spitzer, que se envolveram em situações semelhantes sem sofrer as mesmas consequências legais.

“Muitos casais ricos e famosos incluem terceiros em suas relações sexuais, às vezes com pagamento envolvido, de forma implícita ou explícita. Essa conduta nunca antes levou a um processo sob a Lei Mann”, afirma a defesa.

Combs enfrenta outras duas acusações graves: conspiração para extorsão e tráfico sexual por meio de força, fraude ou coerção. Desde setembro de 2024, o rapper e empresário está detido no Brooklyn, aguardando julgamento, previsto para maio deste ano.

Sean ‘Diddy’: Perseguição ou justiça?

A defesa de Combs insiste que ele está sendo vitimizado por um sistema de justiça que historicamente criminaliza homens negros de forma desproporcional. “Este processo é mais um exemplo de como a Lei Mann tem sido aplicada injustamente contra homens negros proeminentes”, argumenta o memorando.

O caso de Combs levanta questões sobre a seletividade na aplicação da lei e os limites entre a regulação legal e a invasão de privacidade em relações consensuais. Se a moção for aceita, poderá estabelecer um precedente importante para futuros casos de acusações baseadas em leis historicamente controversas. Entretanto, a promotoria argumenta que há provas contundentes para manter as acusações e garantir que Combs responda pelos supostos crimes.

O julgamento do rapper promete ser um dos mais acompanhados do ano, não apenas por sua relevância midiática, mas também pelo debate que reacende sobre racismo estrutural e justiça criminal nos Estados Unidos.

Djenifer Henz
DH
postado em 19/02/2025 17:05
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