
A lancha apreendida com o homem apontado como suspeito de ligação com o desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips será submetida a uma perícia que busca vestígios de materiais genéricos. Os policiais usam uma técnica capaz de identificar amostras biológicas e impressões digitais na embarcação. As informações foram divulgadas pela Polícia Federal nesta quinta-feira, 9.
O suspeito é o pescador Amarildo da Costa de Oliveira, de 41 anos, conhecido como Pelado. Ele foi preso em flagrante por posse ilegal de munição de uso . Com Amarildo, foram encontradas munições calibre 762, usadas em fuzis. A região do desaparecimento é conhecida por uma cadeia de crimes ambientais que se conectam com o tráfico de drogas e de armas.
Nesta quarta-feira, 8, as autoridades estaduais e federais anunciaram um comitê de crise coordenado pela Polícia Federal no Amazonas. Até o momento, não há informações sobre o paradeiro de Bruno Pereira e Dom Phillips. Eles foram vistos pela última vez na manhã do último domingo, 5.
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Os dois sumiram durante uma viagem de barco entre a comunidade ribeirinha de São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte. Como mostrou o Estadão, Pereira foi mencionado em um bilhete apócrifo com ameaças, escrito por pescadores ilegais que atuavam na área e dirigido à entidade para a qual o indigenista trabalhava.
Pereira é um prestigiado indigenista da Fundação Nacional do Índio (Funai) e está licenciado para trabalhar diretamente com a União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja). Entre 2015 e 2020, ele atuou no contato de comunidades isoladas dentro do território do Javari que entraram em choque com comunidades da etnia matis, ada há décadas. A região reúne o maior número de comunidades isoladas do mundo.
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